Vários de seus líderes religiosos estão sendo investigados por fraude fiscal ou branqueamento. O bairro paulista do Brás se estende lentamente, insuficiente antes das sete da manhã de um sábado frio de outubro. As estações de metro retomadas paulatinamente o cotidiano e acelera a taxa de serviços de café e pão de queijo em bares. Domina-a um ambiente de decadência percebível nos atrofiado viciados em crack que perambulam por umas ruas que, nos estertores do século XIX, encheram-se com o corrimento de imigração italiana.
O edifício que se destaca é o Templo de Salomão: uma construção de 55 metros de altura -maior que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro – e 35.000 m2 de área desenvolvida na Igreja Universal do Reino de Deus. Para entrar nessa construção erguida com pedras trazidas de Israel há que transpor um controle de segurança em que se confiscarem os móveis, que serão devolvidos à saída. A sala principal tem perícia para 10.000 pessoas sentadas em poltronas importadas de Portugal.
Uma mulher diz que se curou de um câncer após rezar 48h no templo. Às sete da manhã, centenas de pessoas prontamente participa do culto, que tem como temática o “Jejum das Causas Impossíveis”. Uma luminosidade azul ilumina a sala, ao tempo que a voz do bispo expande-se nitidamente na sonorização. A leitura de passagens da Bíblia é momentâneo.
O culto é dominado por supostos testemunhos. A primeira a tratar é uma mulher que alega ter superado um “câncer de ovário provocado por um tumor de 6,5 centímetros”. “O médico perguntou-me onde queria morrer, se em casa ou no hospital”, explica, no tempo em que milhares de fiéis entoa aleluias.
“eu Lhe disse que em moradia e eu vim ao templo para orar. Em 48h estava curada. Nem mesmo o médico podia crer”. Contra o que consideram uma manifestação do Espírito Santo, os participantes abraçam registros médicos e sentenças judiciais que têm trazido para que a fé assim como mudar seus destinos. “Não digo que não criam em advogados ou médicos, contudo eles não têm a última palavra.
Isso corresponde Deus”, ressalta o bispo. Em seguida, é a vez de um homem de em torno de 50 anos. “, afirma o provável empresário, antes de que o bispo, de quarenta anos, interpele os fiéis – ” eu “- e vincular em teu discurso o sucesso da “fidelidade”. Evoca, pois, a gravidade de “ser fiel ao dízimo”: “você Precisa ser fiel a Deus para que te recompense”. Nesse momento, cerca de trinta funcionários, recolhe doações em dinheiro e cartão. No total serão 3 turnos durante a hora de culto. “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a sua renda; e serão cheios teus celeiros abundantemente”, lê-se no envelope de doação, depositados pelos fiéis em sacos aveludados.
- Albiol: “Não há que escusar-se na inexistência de Cristão”
- quinze de abril: Abertura de sessões extraordinárias.[5]
- 2 Consequências e implicações
- Registado em: 15 mai 2013
- Espace Grande Arche
- 2 Trajetória profissional
- três Transporte urbano
- O tempo de amortização
Estes donativos são o pilar a respeito do qual se constrói a “teologia da prosperidade” que professa a Universal no Brasil. Também a referência colheita da receita para levantar o Templo de Salomão e tuas 6.Duzentos igrejas em todo a nação, que beneficiam de uma controvertida isenção fiscal. “A teologia da prosperidade é bíblica: dá e te será dado.
nós Acreditamos nisso”, resume o bispo Miguel Peres, da Universal, antes de demonstrar que só aceita questões crivadas pelo teu chefe de imprensa. Ao sair do lugar, o taxista que me pega me pergunta pela experiência. “Pensei que teria exorcismo”, imagino, sabendo que o fundador da Universal, o ex-funcionário da loteria Edir Macedo, participou em casos feitiços televisionados para expulsar “demônios” que, na sua avaliação, teriam tornado a heterossexuais em homossexuais.
“Vá amanhã à sede da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus, que fica lá pra trás”, propõe. Lá estou às 8 da manhã. É um recinto muito mais modesto do que o Templo de Salomão, porém a estampa é incrível: centenas de pessoas ocupam dezenas de filas de assentos no porão, tão repleto que muitos estão de pé. Há famílias que trazem a doentes moribundos pra “receber a bênção”. Nos corredores outras pessoas estão de joelhos, orando com lágrimas nos olhos, contudo a liturgia nem sequer começou.